segunda-feira, 4 de março de 2013

Força demasiadamente forte

Folhas
Papéis amassados e distribuídos, muito longe de uniformemente, pelos quatro cantos deste quarto
Raiva, falta de destresa ao manipular a caneta, desequilíbrio mental e lágrimas seguindo as leis da física
Sinto-me vivo, porém, morto

Sabes o quanto recebe de mim, e sabe também o fervor que te odeio em cada manhã
Cigarros mal tocam meus lábios
Bebida alguma corre por minhas veias
Sinto-me limpo, mesmo com essas feridas espalhadas por todo o meu ser

Tenha ódio, despreso, e ame-me mais ainda a cada dia
Natureza morta, te anseio mais que tudo.

- Rodrigo Neves

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