Por entre as farpas de um caminho mal pavimentado, encontrei como refúgio uma rosa
Minhas mãos, trêmulas, quando a toquei tornaram meu ser completo
A imensidão dos traços
Os abraços do teu perfume
O sorriso encabulado ao sentir o toque
Nem teus espinhos detiveram meu amor
Tua cor vibrante, prazer incessante, me guiavam ao esplendor
Preparo-te um altar, bela rosa
Ao centro do meu peito
Meu coração, de portas abertas, espera teus trejeitos
Tuas brasas, doce rosa, dignas de lágrimas
Ao despedaçar cada centímetro de arrogância presente no meu eu
Em meio aos fatos, beijos amargos roubados, papéis amassados e a certeza,
Sentados nós dois à mesa, descobri que não sou teu.
Ferreira, R.
Resquícios de um homem qualquer.
sábado, 21 de março de 2020
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
As divinas memórias de um homem qualquer
Não trago flores, nem bons conselhos
Trago no olhar várias lembranças, em meio a sorrisos curtos e fumaça no peito
Quem era eu, em um passado nem tão distante? Nada além de um pensamento, à mercê do marasmo dos fios dos seus cabelos, em meio ao vento e a solidão do tempo.
Quantas histórias, ah!
Conheci a ternura e o relento, conheci a bondade, a maldade, a doçura e o esquecimento
Aprendi sobre feiticeiras, sereias e notas soltas em uma canção inacabada
Conheci uma família, doses de afeto e carinho, mas também conheci a solidão da estrada.
Conheci alma penada, o mal que não morre e a bondade que não tarda, aprendi a amar, aprendi a odiar, aprendi a falhar em palavras mal faladas
Eu amei o ego, a humildade, meu lado altruísta e o sonhador, sonhei com justiça , pijamas de listra, com fascínio que não gera dor.
Eu me fiz com rimas, nasci poeta
Desvendando a miséria e a unindo ao luxo que me dei nessas palavras incertas
Os laços que me amam são como um nó mal dado em uma gravata, sufocando e me embalando nesse abismo de frases largas.
- R. Ferreira
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019
Nuvens e um coração vazio
Não saber o próximo passo é a pior sensação a se sentir
Hora lá, hora aqui
Sem teu abraço pra substituir a dor que queima incessantemente meu peito
É ilusão ou a vida se tornou um palco de horrores e sofrimento?
Será que o "pós" é menos traumatico que esse momento em que escrevo?
Dias duros demais
Palavras que rasgam
Atitudes que drenam
Saudade que mata enquanto fico preso em mais uma sessão de terapia com meu eu
Já não acredito em finais felizes
Não observo mais o céu com alegria no olhar
Não sinto o mesmo vigor, somente dor, desde que você teve, novamente, que voar.
- Rodrigo Neves
Hora lá, hora aqui
Sem teu abraço pra substituir a dor que queima incessantemente meu peito
É ilusão ou a vida se tornou um palco de horrores e sofrimento?
Será que o "pós" é menos traumatico que esse momento em que escrevo?
Dias duros demais
Palavras que rasgam
Atitudes que drenam
Saudade que mata enquanto fico preso em mais uma sessão de terapia com meu eu
Já não acredito em finais felizes
Não observo mais o céu com alegria no olhar
Não sinto o mesmo vigor, somente dor, desde que você teve, novamente, que voar.
- Rodrigo Neves
terça-feira, 19 de fevereiro de 2019
Espera
Horas a fio
O ponteiro mortal do relógio enlouquece minha mente
Não aguento mais
Estou no meio de um surto psicótico
Enquanto o ócio preenche minhas veias e os cortes seguem mais fundo
Linhas, traços, seu nome em meu peito, rasgado.
Não sei mais como agir
A solidão é mais afável?
Saudade ingrata
Solidão insensata
Trocado, novamente, por sorrisos falsos e vinhos caros
Novamente aos prantos, enquanto você voa alto
Enquanto eu arrasto os pés pela calçada dessa casa assombrada
Eu, meus trapos, meus rabiscos e a falta de vontade
Eu, meu desespero, minha solidez e maldade
Eu, esperando, novamente, a destruição da minha existência.
- Rodrigo Neves
O ponteiro mortal do relógio enlouquece minha mente
Não aguento mais
Estou no meio de um surto psicótico
Enquanto o ócio preenche minhas veias e os cortes seguem mais fundo
Linhas, traços, seu nome em meu peito, rasgado.
Não sei mais como agir
A solidão é mais afável?
Saudade ingrata
Solidão insensata
Trocado, novamente, por sorrisos falsos e vinhos caros
Novamente aos prantos, enquanto você voa alto
Enquanto eu arrasto os pés pela calçada dessa casa assombrada
Eu, meus trapos, meus rabiscos e a falta de vontade
Eu, meu desespero, minha solidez e maldade
Eu, esperando, novamente, a destruição da minha existência.
- Rodrigo Neves
sábado, 2 de fevereiro de 2019
Restos
Será o final?
O início de uma trajetória ou apenas o fim?
Enquanto namoro as facas da gaveta
Enquanto permaneço jogado à sarjeta
Eu imploro, grito e continuo implorando por misericórdia
Pra onde foram meus sorrisos?
Onde estão meus dentes amarelos e mal cuidados?
Ironia ou realidade?
Sinto o peso fatal da cobrança
O machado que separa minha cabeça do corpo
Enquanto urro como um animal, aos prantos
Dor inigualável
Submisso à tristeza e depressão, me entrego
Estou aqui, santa morte
Busque meus restos, querida
A alma já partiu, sem volta, pro inferno.
- Rodrigo Neves
Carta suicida
Diante todo álcool, drogas e bebidas que tive que ingerir pra te esquecer, por um segundo
Só me resta uma pergunta:
"Meu suor de morte não te incomoda?"
Todas as voltas que dei nesse quarteirão
Esperando encontrar teu carro virando à esquina
Toda a tristeza que ingeri, feito cocaína
Isso não te afeta?
Diante dos fatos, distância, abraços que acabam antes mesmo de acontecer
Sentenças obscuras do meu eu, um eterno breu
Morrendo em cada pensamento, oh desgraçado momento intenso que destrói cada órgão em um ritual de depreciação e ódio do meu eu
Vale realmente o peso da dúvida, tristeza súbita, vale mesmo cada manhã sozinho?
Vale mesmo estar à cada segundo torcendo pra morrer?
Vale não respirar meu eu e só pensar em te perder?
Vale o peso? O acerto, a porra do peso dos erros
Vale viver sem força e apoio?
Vale viver longe, sem consolo?
Vale viver sozinho onde tudo que vejo é morte?
Vale a certeza da falta de sorte?
Vale viver pra te perder?
Diante de toda dor...
Respiro fundo e ao vomitar resquícios dos meus rins eu grito:
"Morro ou espero você?"
- Rodrigo Neves
Só me resta uma pergunta:
"Meu suor de morte não te incomoda?"
Todas as voltas que dei nesse quarteirão
Esperando encontrar teu carro virando à esquina
Toda a tristeza que ingeri, feito cocaína
Isso não te afeta?
Diante dos fatos, distância, abraços que acabam antes mesmo de acontecer
Sentenças obscuras do meu eu, um eterno breu
Morrendo em cada pensamento, oh desgraçado momento intenso que destrói cada órgão em um ritual de depreciação e ódio do meu eu
Vale realmente o peso da dúvida, tristeza súbita, vale mesmo cada manhã sozinho?
Vale mesmo estar à cada segundo torcendo pra morrer?
Vale não respirar meu eu e só pensar em te perder?
Vale o peso? O acerto, a porra do peso dos erros
Vale viver sem força e apoio?
Vale viver longe, sem consolo?
Vale viver sozinho onde tudo que vejo é morte?
Vale a certeza da falta de sorte?
Vale viver pra te perder?
Diante de toda dor...
Respiro fundo e ao vomitar resquícios dos meus rins eu grito:
"Morro ou espero você?"
- Rodrigo Neves
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019
Convicção
Uma quantidade imensurável de boa fé
De pressentimentos bons e esperança
Um olhar analítico, traçado empírico
Julgando o caminho
Os passos contados, contato ao mundo
A carteira do avesso, sorriso espesso ao viver cada segundo
Os bolsos rasgados
Conforto redobrado
Ao saber que se abandona o todo mas seu tudo está ao lado
Um estalo de consciência
Um toque de convicção
De sorrir e manter perto quem te estende sempre a mão
Uma história embasada em amor e vontade
Contraste de realidade
Uma história de saudade
De saber pra quem voltar.
- Rodrigo Neves
De pressentimentos bons e esperança
Um olhar analítico, traçado empírico
Julgando o caminho
Os passos contados, contato ao mundo
A carteira do avesso, sorriso espesso ao viver cada segundo
Os bolsos rasgados
Conforto redobrado
Ao saber que se abandona o todo mas seu tudo está ao lado
Um estalo de consciência
Um toque de convicção
De sorrir e manter perto quem te estende sempre a mão
Uma história embasada em amor e vontade
Contraste de realidade
Uma história de saudade
De saber pra quem voltar.
- Rodrigo Neves
quinta-feira, 31 de janeiro de 2019
Dona
Você rasga meu peito com teu olhar sorridente
Com tua boca macia e sorriso meigo
Com teu toque quente, pedindo por socorro, em desespero
Com tua boca macia e sorriso meigo
Com teu toque quente, pedindo por socorro, em desespero
Sua voz soa como minha canção preferida
Teu choro, triste chaga, desestabiliza minha vida
Teu choro, triste chaga, desestabiliza minha vida
São anos, momentos, experiências
Desafios, tormentos e toda nossa essência
Dias que eu mudaria por completo ao voltar no tempo
Palavras que não diria ou ousaria dizer dobrado
Atitudes a não serem repetidas
Pedidos que não deveriam ter sido evitados
Em meio ao vazio
Sentimento hora quente, hora frio
Sentimento hora quente, hora frio
Seja minha dona, maltrata meus medos sem piedade
Deixe-me ser teu dono, teu escravo, teu servo e teu amado
Deixe-me te trazer o prazer de saborear a vida
Sem medo ou tristeza nos apaixonarmos, um pelo outro, dia após dia, até o fim de nossas vidas
- Rodrigo Neves
Janeiro sem fim
Os mesmos olhos que te viram sorrir naquela sexta-feira assombrada
O mesmo sorriso que te coagiu em cada madrugada
Deixo-me aqui, refém de ti, jogado à beira da calçada
Sem motivo pra viver
Sem maturidade pra entender
Deixo-me sucumbir
Com tudo que prometi a ti
O peso que me fez desistir da felicidade mal amada
- Rodrigo Neves
Covardia
Usou da minha fúria e partida como uma escada sem bloqueio e fim
Subiu ao mais alto que pôde
Jogou-se sem pudor, ao colo dos erros que cometi
Subiu ao mais alto que pôde
Jogou-se sem pudor, ao colo dos erros que cometi
Engoliu cada jura, cada promessa
Cuspiu em minha face, em controvérsia a tudo o que disse ter sido feito por mim.
Covardia!
Usa da tua própria desgraça como minha culpa
Do teu choro como minha agressão
Da tua ida como minha imperfeição
Assombra meu eu, como em todos esses anos que se passaram
Desista, insista, me mate dolorosamente com tua faca afiada daquele faqueiro azul
Desista, insista, me mate dolorosamente com tua faca afiada daquele faqueiro azul
Eu aguardo deitado, de pescoço esticado, esperando o acariciar da tua lâmina.
- Rodrigo Neves
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