Será o final?
O início de uma trajetória ou apenas o fim?
Enquanto namoro as facas da gaveta
Enquanto permaneço jogado à sarjeta
Eu imploro, grito e continuo implorando por misericórdia
Pra onde foram meus sorrisos?
Onde estão meus dentes amarelos e mal cuidados?
Ironia ou realidade?
Sinto o peso fatal da cobrança
O machado que separa minha cabeça do corpo
Enquanto urro como um animal, aos prantos
Dor inigualável
Submisso à tristeza e depressão, me entrego
Estou aqui, santa morte
Busque meus restos, querida
A alma já partiu, sem volta, pro inferno.
- Rodrigo Neves
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