Horas a fio
O ponteiro mortal do relógio enlouquece minha mente
Não aguento mais
Estou no meio de um surto psicótico
Enquanto o ócio preenche minhas veias e os cortes seguem mais fundo
Linhas, traços, seu nome em meu peito, rasgado.
Não sei mais como agir
A solidão é mais afável?
Saudade ingrata
Solidão insensata
Trocado, novamente, por sorrisos falsos e vinhos caros
Novamente aos prantos, enquanto você voa alto
Enquanto eu arrasto os pés pela calçada dessa casa assombrada
Eu, meus trapos, meus rabiscos e a falta de vontade
Eu, meu desespero, minha solidez e maldade
Eu, esperando, novamente, a destruição da minha existência.
- Rodrigo Neves
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