quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Covardia

Usou da minha fúria e partida como uma escada sem bloqueio e fim
Subiu ao mais alto que pôde
Jogou-se sem pudor, ao colo dos erros que cometi

Engoliu cada jura, cada promessa
Cuspiu em minha face, em controvérsia a tudo o que disse ter sido feito por mim.

Covardia!

Usa da tua própria desgraça como minha culpa
Do teu choro como minha agressão
Da tua ida como minha imperfeição

Assombra meu eu, como em todos esses anos que se passaram
Desista, insista, me mate dolorosamente com tua faca afiada daquele faqueiro azul

Eu aguardo deitado, de pescoço esticado, esperando o acariciar da tua lâmina.

- Rodrigo Neves


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