quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Desistência

É chegada a hora do desespero
Lembrar teu semblante, distante, corrói meu peito

A fraqueza e a falta de ar consomem o ambiente
Sinto-me o chão pisado, o orgulho arrependido, a chaga que nunca cura, o mais rebelde coração demente

Ao espelho as mesmas frases
Reforça-te em mim, desgraça
Nada resta, nada passa, meu sorriso sem graça

A nada dei graças, a tudo se mata

Não direi adeus, como sempre quis
Irei apenas esquecer meu próprio nome
Matar minha história e sonhos
Ser o abatedouro de tudo que é feliz 

- Rodrigo Neves


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