quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Toc, Toc, T...

Relutância
Um pingo de fogo em cada uma das íris dos meus olhos que vêem a falta de concordância e nexo em cada passagem
Cada poema em vão
Cada rima mal feita
Eu quero a perfeição
Quero eleger cada um como o mais puro de todos
Quero sangrar as mãos enquanto escrevo e sigo os solos de violino mais mortais já tocados
Eu quero adrenalina!
Quero fugir da prisão mental da rotina
Quero velas se apagando uma após a outra em sequência
Quero o peito rasgado ao escrever cada sentença
Eu preciso de motivos que não saem da mente
Não voam, simplesmente, pra própria sobrevivência
Eles mantém raízes no mais profundo dos meus sentidos
Me controlam enquanto me desossam nesse ritual calmo e delongado

Eu quero morrer! Eu quero destruir cada pedaço de pele e vida que existe aqui, mas antes...
Antes disso quero deixar lembranças no poema mais mortal que já escrevi.

- Rodrigo Neves

Nenhum comentário:

Postar um comentário