segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Sólido, só lido, solidão

Na escuridão do caminho, perdi a certeza dos meus passos
Desatentos, Sem ritmo

Descompassado aos olhos que me guiam
O horizonte é impalpável, assim como a certeza da sorte tangível
Assim como os abraços distantes e os amores frios

Frio, tanto quanto, quem eu era
O sorriso morto naquele inverno, vivenciando o inferno, sem conforto pra outra primavera

Nova era
Nova aurora
As velas queimam como antes
O toque distante, relevante, constante, inexistente

Tudo igual, mesmos semblantes sem vida, à fila do mercado
O desconforto instalado, o caos que rima com a morbidez que ajo
Permaneci aqui jogado
Abandonado e esquecido
Sobrevivendo, por mais um trago, às farpas do teu peito assassino.

- Rodrigo Neves


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