domingo, 24 de novembro de 2013

Decadência

Cruzei os braços e esperei pela batida
Esperei o coração parar e secar cada gota de suor do meu corpo
Aguardei o óbvio
Semeei a ganância acima de tudo. tracei planos opostos ao meu ser
Coloquei minhas ambições acima do meu caráter

Caí, destruí o sorriso que fora cativado por tanto tempo para que não fosse mascarado
Não há facilidade no agir coeso
Não há esperança em uma vida totalmente planejada. É tão difícil alcançar o fim, mesmo que eu busque a cada manhã
Nessa insana busca pela perfeição, coagi meus desejos e cada traço de esperança riscado em minhas mãos calejadas

Trabalho, é só o que mantém vivo
Movimento em cada momento, é o que lhe peço. Aguentem pernas, aguentem o mundo que as espera!
Caminhar sem rumo tornou-se parte da minha essência
Será que procuro uma solução, ou reflito apenas para encontrar uma maneira mais fácil de destruir cada memória?
Já nem sei mais, tudo tornou-se mistério. 
Tudo que eu havia criado estava jogado, pisoteado e destruído aos teus pés.

Mal consigo imaginar o que é a felicidade. Estado de espírito ou apenas uma gargalhada forçada após uma sessão de desespero?
Permanecerei esperando pela solução, ou pela desgraça, que seja. 
Eu, mais um gole de veneno e uns cigarros amassados. 
Até o fim, assim será.

- Rodrigo Neves

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