domingo, 10 de novembro de 2013

Revela-te

É como sentir-se mal por algo que nunca fez parte de você
Sentir falta de alguém que nunca lhe pertenceu, nem aos teus sonhos
É como morrer a cada dia, aos prantos, tentando entender a jogada dada, satisfatória no acaso, mas que lhe tira o sono nas últimas noites

Imaginar teus traços colados nos meus, tuas curvas deslizando por entre meus afagos

Ah, solidão! deixe-me senti-la
Deixe-me sem ti
Deixe-me sentir
Deixe-me à mim mesmo, imaginando, sonhando, tentando realizar o impossível, deitado nesta cama que me abraça e me enrola em um tufão de pensamentos ruins, seguido de pensamentos insatisfatórios à respeito da humanidade que se consome à cada segundo
Ai de mim! ai de mim sem ti, ai de ti sem mim
Ai do mundo, sem um alguém, do porque sem um porém

Sentimentos, pensamentos, tudo que me convém nos instantes de insanidade e sede
Ai de mim, te esperando aqui, deitado no chão do quarto, enquanto o sol não vem.


- Rodrigo Neves

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