segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Sucumbir

Malditos hipócritas, celebram algo inexistente e sem coesão alguma.
Desejo carne podre e bebidas vencidas para condizer com a falsidade de cada um presente.
Não sairei da cama, ao menos não pretendo.
Vejo a necessidade de fumaça densa e chamas, destruindo e dilacerando o espírito vago.
Natal, aniversário, ano novo, datas tão fúteis e ridículas, ao meu ver.
Odeio o mês de dezembro, odeio minha vida, e por segundos, finjo um sorriso no rosto, e tento anexar um passado distante em meu semblante.
Não vejo felicidade, muito menos a necessidade da mesma. Quero um fim, espero que esteja próximo e que não venha vagarosa, mas sim dolorosamente.
Salvem-se, corram para longe, tentem salvar os resquícios ridículos de vida e falsidade, que os sucumbem em um mar de desilusão.
Desejo a morte, uma garrafa pela metade, embriaguez, sono, solidão.

- Rodrigo Neves

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