domingo, 2 de dezembro de 2012

Não há perdão

Tivestes tempo de abraçar
Tivestes tempo de viver, de correr, brincar, beijar, sorrir, sofrer, amar.
Desperdiçastes o mesmo ao relento
Ao som de uma batida inexistente do teu coração, que por fim, tornou-se nódulo corrosivo ao teu semblante.
Fostes traída por teu próprio orgulho, por tua própria indecisão.
Levastes contigo a pior parte de mim. Meus anseios e minha frieza serão parte profunda da tua injúria, e serás infeliz, quem sabe, assim como eu.
Desejo-te sorte e muitos corações partidos pelo caminho, serás aprendiz, da arte que me queimou um dia, obtentora de inveja e soluços desperdiçados neste mar de solidão.
Sejamos realistas, a vida é uma viagem ridícula, sem destino traçado, eis que nós criamos, em nossa mente, uma realidade alternativa. Realidade escrota! Sem meias palavras e sem um aperto de mão de outrem, parabenizando nossas vitórias, no entanto, as derrotas servirão em investimento, pra uma vida mais curta.

- Rodrigo Neves

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