terça-feira, 27 de novembro de 2012

Pare de pulsar, Coração infiel

A fumaça branca que esconde teus olhos, desvenda os mistérios por detrás das cortinas, os sintomas ferventes de tua depressão, levam-me ao delírio. Te suplico, perceba!

Levar-me-ei à distância, previda de certa quantia de desapego, compreensão e fé, por mais que o medo me acompanhe em cada nova trajetória, seja ela em busca de algo maior, ou pelos simples fatos corriqueiros.

O maior desejo existente em mim, no momento, é perder-me à mim, encontrar-te neste dia nublado, cheio de nuances e ambiente estático.
Quero teu sabor de novo, garota do ponto de ônibus. Quero teu afago, tuas memórias, tua dedicação, quem sabe até teu amor. Não que eu não possa crer que consigas me amar em meio às imperfeições, mas o silêncio obtido em meio a tal contexto, faz-me acreditar que amo sozinho.

Teus problemas são meus, adotados, proibidos, até mesmo assumidos por mim, para que não haja necessidade de vê-la chorar ou ausentar-se.
Sinto tua falta! Isso machuca, corrói cada centímetro fiel do meu corpo.
Semanas atrás, duas quadras antes, ali estava eu, entre o peso dos fatos e dos erros cometidos por nós dois, mas hoje, cá estou, descrevendo meu desespero, gritando minha simples existência, pois tudo que quero é ser notado, ser amado por você.

- Rodrigo Neves

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