quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Doce veneno, Amargo amor

Absorvi cada reclamação e voltei-me ao espelho, tendo a sensação estranha de um fim.
Mais uma vez, meu passado e meu presente à beira de um abismo.
Não há mais nada para escutar, nada para dizer ou observar neste quarto escuro.
Tuas fotos rasgadas, defronte a meu rosto repleto de expressões melancólicas.
Continue gritando, linda garota, quero tentar ouvir, apesar das decepções.

Toda essa raiva gritante em meus olhos, não dá certeza mais absoluta! devo me retirar.

Meus poemas já não possuem sentido algum. são apenas palavras mortas, jogadas em uma folha de papel, sem possuírem nexo algum.
Dê-me um pouco mais de solidão, ou simplesmente atire-me contra a parede e tire meu fôlego.
Os destinos cruzados, antes certos, em meio a este mar de féu, não são nada mais que incertezas.

O sofrimento me conduz a morte, não só do corpo, mas a morte induzida de meus sentimentos.

A depressão venceu meus propósitos.
Tranco-me em minha caixa de papel, novamente, e volto a brincar com minhas lembranças.
Porque me fizestes tão feliz? odeio-te por instantes, e em meio a esta correnteza de lágrimas, volto a amar-te insensatamente.
Volte, linda menina, ou dê-me paz, e em um simples ato de respeito, leve flores ao meu funeral.


- Rodrigo Neves

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