quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O acaso da insanidade


Por que eu ainda lhe espero?
Doçura já não está disponível na minha correção gramatical ao utilizar teu nome.
Sinto-me traído!
Simplesmente afoito, afogado nesse mar de rosas compradas pra você.
Milhas já não são nada, comparadas a minha saudade, ao ver teu retrato aqui, pregado em minha parede.
Onde estão meus solos de piano, preferidos, quando os procuro?
Onde está aquela roupa que ainda carrega teu cheiro?
Novamente sinto-me traído ao não obter resposta alguma.
O sono já se abstraiu e não quer me acompanhar nessa jornada.
Se alguém estiver ouvindo meu apelo, por favor, traga-me mais café.

Você me vê sangrar, mas nem ao menos pergunta o por que! nem ao menos me abraça e diz que me ama.
Você me deixa, dá dois passos largos em direção ao céu, e simplesmente esvai-se.
Faz meus sentimentos escoarem pra dentro deste ralo horroroso de pensamentos aflitos e esquecidos há um bom tempo atrás.
Só me resta acender mais um cigarro, e mentir pra mim mesmo, dizendo ser o último da noite.
Quanto tempo mais ainda terei de esperar até realmente possuir algo concreto por entre meus dedos?
Desculpe-me pelo vocabulário nada vasto, mas as palavras simplesmente esquivam ao pensar em você.

Caso algum dia você decida voltar, peço-lhe gentilmente: traga-me um copo de veneno! mas não o dividirei com você.
Prefiro deixar-te viver na solidão que um dia me causou. 
Sinto muito, mas meu adeus ecoará pela eternidade.

- Rodrigo Neves.

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