quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Palavras cruzadas


Incertezas estampadas em meus olhos sem brilho me levam a crer que não há mais tanta esperança em viver. 
tudo se resume em um simples talvez.
Lembro-me daquela garrafa de whisky, por dias minha amante, no após, mais uma simples embalagem, um rótulo perante a sociedade.
É ridículo ouvir que o semblante de uma pessoa revolucionária nunca é tão empolgante quanto de um cativo qualquer.
"Dê-me algemas, quero ser "normal" também!", gritava eu perante a multidão, multidão aquela que não se importava com o hoje, mas com uma proposta de vida perfeita, que pra mim, parecia ridícula.

"Eu não dou a mínima pro teu estado de espírito, seu hipócrita covarde!", foi meu novo hino de vitória.
E assim, gritando em meio aos leões, me levantei daquele meio-fio, acendi mais um cigarro e amaldiçoei cada um deles, pra que morram engasgados com o próprio orgulho.
Contraditórias as minhas palavras em tempo de desespero mor, assim afirmavam os espectadores daquele circo.
O cenário já nem importa mais, muito menos as palavras desperdiçadas ao vento, principalmente em um lugar com uma corrente de ar tão escassa.

VIVA O FANATISMO! vocês já não me controlam mais.

- Rodrigo Neves.

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